Alternativas energéticas: o Biodiesel

Como prometido, começaremos agora o nosso post diário sobre as alternativas energéticas atuais que o Brasil dispõe. Nosso objetivo é trazer informações relevantes sobre o assunto e aprofundar de maneira mais técnica nas principais opções de geração de energia sustentável.

Hoje falaremos sobre um velho conhecido dos motoristas de plantão: o biodiesel. Esse combustível tem como principal matéria-prima os óleos de origem vegetal e é produzido através da transesterificação (reação química em que o álcool do éster reagente é substituído por outro álcool) de triglicerídeos.

O biodiesel é capaz de contribuir com o meio ambiente e ajudar a diminuir a poluição de duas formas. Primeiramente, durante a sua reação de combustão, a quantidade de CO2 liberada pela queima é bem menor quando comparada a quantidade liberada na queima de combustíveis fósseis. A outra vantagem é que o biodiesel tem a possibilidade de ser produzido através do clico de resíduos de óleos utilizados na fritura, evitando que esta seja lançada no esgoto e, consequentemente, na água d emares e rios. Além dessas duas contribuições, o biodiesel é um recurso renovável, ou seja, é uma fonte inesgotável.

Os estudos e pesquisas em torno do biodiesel mostram que é possível cultivar vegetais capazes de produzir os óleos, para serem usados no processo de fabricação. A pesquisa tem sido intensa principalmente com óleos de girassol, soja e mamona, devido à capacidade desses vegetais de produzir óleos que contenham os triglicerídeos de interesse. Os números também afirmam que as culturas vegetais proporcionam uma ótima absorção de CO2 da atmosfera, pois as plantas sintetizam o gás transformando-o em energia indispensável para sua vida através da fotossíntese.

O biodiesel tem a aparência de um líquido límpido e transparente que vai do verde amarelado ao castanho claro. Ele é praticamente insolúvel em água e solventes polares, possui odor semelhante ao dos óleos utilizados em sua fabricação. Por mais que ele nãos seja considerado tóxico, nem corrosivo, o biodiesel não deve ser ingerido, e nem inalado.

Na prática, esse (relativamente) novo combustível é capaz de substituir total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores automotivos e estacionários. Inclusive, ele pode ser usado tanto puro quanto misturado ao diesel em diversas proporções.

A produção do biodiesel possui poucas desvantagens e causa poucos impactos negativos. Analisando o lado social, o combustível evita a poluição do ar, melhorando a saúde e a qualidade de vida da sociedade. No âmbito profissional, a produção desse biocombustível aumenta o número de empregos tanto no campo quanto na indústria porque sua fabricação exige mão de obra especializada, assim como nos cuidados com as culturas que fornecem suas matérias-primas.

As principais desvantagens do biodiesel estão na dificuldade em sua obtenção, inadaptações mecânicas dos veículos necessários para sua produção e custo consideravelmente mais alto do que a dos combustíveis normais. A produção de biodiesel em grande escala demanda profissionais especializados e equipamentos sofisticados. Indo contra o senso comum, o processo que envolve a fabricação desse combustível exige conhecimentos profundos em química orgânica, bioquímica e físico-química, além de observar aspectos como segurança em função da síntese de biodiesel envolver a manipulação do metanol que é extremamente venenoso.

Porém, o aspecto mais importante em questão quanto falamos em biodiesel é a sua importância para o meio ambiente já que nossa natureza vem enfrentando sérios problemas causados pela poluição dos combustíveis convencionais tanto em seu refino quanto em seu uso.