Alternativas Energéticas: Biomassa
Dando continuidade à nossa séria sobre alternativas energéticas, hoje vamos abordar a biomassa, fonte de energia que está sendo bastante estudada e utilizada ultimamente.
Primeiramente, é importante enfatizar que existem dois conceitos quanto o termo biomassa. Eles estão interligados, porém, são desiguais. Do ponto de vista da ecologia, biomassa é a quantidade total de matéria viva presente em um ecossistema ou em uma população animal ou vegetal. Da perspectiva da geração de energia, o termo biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos empregados como combustíveis ou para a sua produção. Essa massa é uma importante reserva de energia, pois é constituída essencialmente por hidratos de carbono.
A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico produzida e acumulada num ecossistema. Algumas fontes de energia merecem ser enfatizadas porque possuem um potencial energético considerável. A madeira (e seus resíduos), os resíduos agrícolas, os resíduos municipais sólidos, os resíduos dos animais, os resíduos da produção alimentar, as plantas aquáticas e as algas, são algumas delas.
Há quatro formas de transformar a biomassa em energia:
• Pirólise: através desse procedimento, a biomassa é exposta a elevadas temperaturas sem a presença de oxigénio, visando acelerar da decomposição da mesma. O que sobra da decomposição é uma mistura de gases, líquidos (óleos vegetais) e sólidos (carvão vegetal);
• Gasificação: assim como na pirólise, com essa técnica a biomassa também é aquecida na ausência do oxigénio, originando um gás inflamável como produto final. Esse gás é filtrado para que haja a remoção de alguns componentes químicos residuais. A diferença crucial em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em gás;
• Combustão: nesse método a biomassa é exposta a altas temperaturas na presença abundante de oxigénio, produzindo um vapor a alta pressão. Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para mover turbinas. Atualmente é uma das formas mais comuns e sua eficiência energética está na faixa de 20 a 25%;
• Co-combustão: essa estratégica visa a substituição de parte do carvão mineral utilizado em urnas termoeléctricas por biomassa. Assim, há uma redução significativamente da emissão de poluentes. A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%. Por isso, é uma escolha muito atrativa e econômica.
Vantagens da utilização da biomassa:
• É uma fonte de energia renovável;
• É pouco poluente, já que não emite dióxido de carbono;
• No seu processamento há menos desperdício de matéria, o que contribui positivamente para a economia, sendo uma opção de baixo custo;
• É uma energia segura e com grande potencial;
• Tem posição de destaque devido à alta densidade energética e pelas facilidades de armazenamento, câmbio e transporte.
Desvantagens e obstáculos da utilização da biomassa:
• Para aumentar consideravelmente o uso da biomassa, seria necessário criar culturas agrícolas apenas com fins energéticos;
• Acarreta no desmatamento de florestas, além da destruição de habitats;
• Possui um menor poder calorífico quando comparado com outros combustíveis;
• Os biocombustíveis líquidos contribuem para a formação de chuvas ácidas.