Corrente contínua na transmissão de energia começa a ser adotada no Brasil

“Corrente contínua é a alternativa economicamente mais viável para a transmissão de energia elétrica a longas distâncias.” Esse é o resultado do estudo realizado por engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da USP. As conclusões comprovam a análise publicada recentemente por pesquisadores dos Estados Unidos, que defenderam, após alguns estudos mais profundos, a migração do sistema elétrico para corrente contínua no tocante às transmissões de longas distâncias, os chamados linhões.

Na análise brasileira, a equipe da professora Milana Lima dos Santos estudou também a viabilidade da transmissão por meia-onda, que não exige a conversão da corrente para consumo. Mas ela apresentou maior custo de implantação, além de desafios técnicos que precisam ser superados para o seu uso.

“Durante o projeto, foram avaliadas as opções para transmissão a longa distância, comparando a corrente continua, já usada em parte do sistema de Itaipu, com a transmissão por meia-onda, fenômeno adotado em todo o mundo na construção de antenas de telecomunicações e que, apesar de ser estudada desde o início do século XX, e recomendada para distâncias superiores a 2.500 quilômetros (km), não é utilizada comercialmente na transmissão de energia elétrica em nenhum país do mundo,” explicou Milana.

Os dados mostraram que a corrente contínua é mais vantajosa do que a corrente alternada em distâncias acima de 1.500 km. Já a implantação da transmissão por meia-onda teria um custo 27% maior do que a transmissão por meio de corrente contínua. A linha de meia-onda só seria aplicável em distâncias de aproximadamente 2.500 km, assumindo a frequência de 60 hertz (Hz) usada no Brasil.

Madeira e Belo Monte

Por mais que ainda ouvimos pouco sobre esse assunto, na prática, o uso da corrente contínua para transmissões de longa distância já está sendo implantada no Brasil.

No Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, por exemplo, uma das duas linhas de transmissão já está concluída e em funcionamento, enquanto a outra está na fase de testes. As duas linhas ligam Porto Velho a Araraquara (São Paulo), com 2.375 km de extensão.

Na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que ainda está em construção, também foram projetadas duas linhas de transmissão por corrente contínua. Uma delas ligará a subestação Xingu, no Pará, à subestação Estreito, em Minas Gerais, percorrendo 2.092 km. A segunda linha pretende interligar a subestação Xingu, no Pará, e a subestação Rio, em Nova Iguaçu (Rio de Janeiro), percorrendo 2.518 km.

“Em todas essas linhas, optou-se pela corrente contínua”, conta a professora da Poli. “Os resultados obtidos pelos pesquisadores confirmaram a escolha da EPE e da Aneel. No entanto, caso o projeto apontasse outra alternativa mais viável em termos econômicos, haveria tempo de se fazer alterações no projeto de transmissão”.

FONTE: www.institutodeengenharia.org.br

As bicicletas que são recarregadores de baterias

A pouco tempo, a finlandesa Nokia apresentou um sistema ecologicamente correto que, segundo os estudos pioneiros, também é de baixo custo. A invenção permite usar uma energia elétrica gerada por bicicletas para se recarregar as baterias de telefones celulares.

Convenientemente chamado de Nokia Bicycle, o invento é um kit composto por um suporte, conector de bateria e um dínamo, responsável por converter a força das pedaladas em eletricidade.

Mostrado em um evento em Nairóbi, no Quênia, o sistema é “uma excelente solução para locais em que a energia elétrica é limitada”, afirma Alex Lambert, vice-presidente da Nokia. “Com este carregador as pessoas ganham ainda mais liberdade para usarem seus telefones sem preocupação em relação ao nível de bateria. Basta começar a pedalar e pronto”, completa, reforçando o “aspecto social” da criação.

Segundo a empresa idealizadora, o kit não necessita de uma bicicleta específica. Ele poderá ser instalado em qualquer tipo de bicicleta e deverá chegar às lojas de alguns países até o final do ano. Porém, ainda não foi divulgada uma previsão de preço ou data de desembarque no Brasil.

Com essa tecnologia a Nokia reforça seu papel social. De acordo com a última edição do ranking Green Electronics Guide da ONGGreenpeace, a Nokia é a fabricante de gadgets mais preocupada em respeitar o meio-ambiente em todo mundo, seguida pela Sony, Toshiba e Philips.

FONTE: circuitodigitalufc.com

Conheça a turbina eólica móvel

Que as turbinas eólicas são uma ótima alternativa de energia verde, nós já estamos cansados de saber. A novidade da vez é que uma empresa acabou de apresentar o projeto de uma turbina eólica que pode ser levada para todo lugar. Já pensou? Além de ser uma produtora de energia sustentável, ela ainda é móvel!

O Trinity, como foi batizado, nada mais é do que uma turbina eólica portátil. Em um primeiro momento foram apresentados quatro modelos: 50W, 400W, 1.000W e 2.500W. A menos potente pesa cerca de 650 g, e a mais potente chega a 19 kg. O foco da alternativa é a recarga de baterias de smarthpone, mas é importante esclarecer que o modelo maior pode carregar um carro elétrico e até fornecer energia para uma casa inteira.

O aparelho foi desenvolvido para funcionar a partir de ventos de, no mínimo, 6,5 km/h e o controle da turbina é feito através de um aplicativo no smartphone. Qualquer aparelho com entrada USB pode ser carregado pelo Trinity e a partir do modelo de 400W os eletrônicos podem ser carregados diretamente, da mesma maneira como fazemos com qualquer tomada.

Os idealizadores fazem parte de uma companhia ser sediada em Minnesota. Porém, todos eles (assim como todos os outros colaboradores da mesma) são islandeses, país que historicamente investe muito em energias limpas. A empresa têm expectativa que o Trinity comece a ser comercializado ainda no primeiro semestre de 2016 a um preço a partir de 399 dólares.

O nome da turbina, que em português significa “trindade”, vem da estrutura do aparelho, composta por três pés e três pás giratórias. Toda a estrutura externa é composta por um “material plástico durável”, segundo a Janulus, empresa dos EUA responsável pelo desenvolvimento do Trinity. Apesar da companhia ser sediada em Minnesota, ela é formada por islandeses, país que historicamente investe muito em energias limpas.

FONTE: www.institutodeengenharia.org.br

Conheça a nova técnica para geração de eletricidade

Uma nova técnica para geração de energia elétrica foi apresentada no início deste ano por engenheiros do Centro de Pesquisas Técnicas da Finlândia (VTT). Aapo Varpula e um grupo de colegas geraram energia a partir de um fenômeno de acúmulo de cargas elétricas que acontece naturalmente entre dois corpos com diferentes funções de trabalho.

Só para quesito de informação, função de trabalho é a quantidade de energia necessária para remover um elétron de um sólido e que está na base, por exemplo, do conhecido efeito fotoelétrico.

No momento em que dois corpos condutores com diferentes funções de trabalho são conectados um ao outro eletricamente, eles acumulam cargas opostas. Quando movemos estes dois corpos um a outro, gera-se energia devido à força eletrostática atrativa entre as cargas opostas.

No experimento realizado pelos pesquisadores, a energia gerada por este movimento foi convertida em energia elétrica utilizável ligando os dois objetos a um circuito externo. Segundo a equipe, essa nova técnica de conversão de energia também funciona com semicondutores, o que é muito importante por causa das aplicações que se tem em mente.

Devido às baixas correntes produzidas, o novo método é adequado para a chamada “colheita de energia”, produzindo eletricidade a partir das vibrações mecânicas do ambiente, das batidas do coração ou do moviemnto do nosso andar. Coletores de energia desse tipo, por enquanto, estão sendo testados em sensores e implantes médicos, onde eles são capazes de substituir as baterias. Em um futuro não tão distante os engenheiros acreditam que os coletores de energia poderão abrir novas oportunidades em campos como os aparelhos eletrônicos de vestir.

FONTE: www.institutodeengenharia.org.br

Conheça a bateria de alumínio que recarrega em 1 minuto

Bateria de alumínio que recarrega rapidamente, é muito segura e tem a possibilidade de ser fabricada a baixo custo é criada por pesquisadores das universidades de Stanford e Taiwan. O protótipo desenvolvido recarrega completamente em apenas um minuto e suportou 7.500 ciclos de carga e recarga sem nenhuma degradação. Essa informação não diz nada para você? Para que você consiga fazer uma comparação, saiba então que uma bateria de lítio tem durabilidade prevista de apenas 1.000 ciclos.

O professor Hongjie Dai, um dos responsáveis pelo projeto afirmou que a equipe desenvolveu “uma bateria recarregável de alumínio que pode substituir os atuais dispositivos de armazenamento, tanto as baterias alcalinas, que são ruins para o meio ambiente, quanto as baterias de íons de lítio, que ocasionalmente explodem em chamas.” Para demonstrar a segurança da nova bateria, Dai furou o protótipo enquanto ele era usado, e ele não pegou fogo.

Bateria de alumínio

O alumínio é um material interessante para baterias porque é relativamente barato (é mais barato do que o lítio) e tem potencial para armazenar uma grande quantidade de carga. Porém, ninguém até hoje tinha conseguido viabilizar uma bateria de alumínio que produzisse uma tensão suficiente e fosse durável.

A solução encontrada pela equipe de pesquisadores une um eletrodo negativo de alumínio com um eletrodo positivo de um tipo especial de grafite. Assim, os dois são mergulhados em um eletrólito de líquido iônico no interior de um invólucro recoberto por polímero.

“O eletrólito é basicamente um sal que é líquido a temperatura ambiente, de forma que ele é muito seguro,” explicou Ming Gong, principal criador da bateria ao lado do seu colega Meng-Chang Lin.

Desafios

Por mais que essa seja uma grande novidade e um enorme avanço para o mundo científico, ainda há muito para ser desenvolvido para que as de alumínio cheguem às prateleiras.

Apesar de muito durável e de conservar a tensão gerada ao longo de milhares de ciclos de carga e descarga, o protótipo gera uma tensão baixa, cerca de metade da gerada por uma bateria de lítio. A equipe envolvida pretende focar os seus estudos para resolver esse aspecto do projeto.

Além disso, a “injeção” dos íons de alumínio entre as camadas de grafite faz com que o material se expanda, contraindo-se quando a energia é consumida. Por isso a equipe escolheu um invólucro flexível, mas será um grande desafio compatibilizar essa “bateria pulsante” com os invólucros rígidos dos aparelhos eletrônicos.

“Fora isso, a nossa bateria tem tudo o mais que você poderia sonhar em uma bateria: eletrodos de baixo custo, boa segurança, carregamento de alta velocidade, flexibilidade e ciclo de vida longo. Eu a vejo como uma nova bateria em seus primeiros dias. É muito emocionante,” entusiasmou-se o professor Dai.

FONTE: Inovação Tecnológica

Menor cadeira de rodas elétrica do mundo é criada por estudantes

A vida de muitos jovens está prestes a melhorar bastante graças a estudantes da Brigham Young University que criaram uma cadeira de rodas elétrica, pequena e barata. O projeto tem como objetivo atender crianças que não conseguem andar, rastejar, controlar a cabeça, e nem mesmo levantar os braços.

Atualmente, cadeiras elétricas motorizadas para crianças pequenas já existem. O problema é que elas podem custar até US$ 15.000, uma quantia que poucas famílias dispõem.

Para a família Jensen a situação é um pouco mais complicada. Tanner Jensen tem três anos de idade e seu irmão, Skyler, tem 20 meses de vida. Ambos nasceram com uma condição genética rara conhecida como Atrofia Muscular Espinhal e, por isso, em sua casa são necessárias duas cadeiras.

Outro desfio enfrentado pelas família é que, frequentemente essas cadeiras são grandes demais e as residências precisam de modificações para recebê-las. O que também não é um investimento barato, já que é preciso adaptar a casa inteira às necessidades especiais da criança.

Para tentar resolver esses e outras dificuldades, cinco estudantes de engenharia mecânica da universidade se desafiaram a criar a menor cadeira de rodas elétrica do mundo para os irmãos Jensen. Após um ano de designs, testes e estudos eles aperfeiçoaram uma cadeira feita com armação de canos PVC que pesa cerca de 10kg e aguenta crianças com até 25kg.

E o melhor: o preço final, incluindo baterias, rodas, motores, os eletrônicos necessários para o controle e ainda o assento é de US$ 495. Talvez esse seja o maior feito atingido pelos estudantes. Outra iniciativa muito interessante dos estudantes é que eles resolvera postar o projeto da cadeira de rodas em um site chamado The Open Wheelchair Project, o que permite que qualquer família com uma criança que necessite possa comprar e montar uma dessas cadeiras.

FONTE: Gizmodo

Previsão de raios com 24 horas de antecedência

O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) acabou de lançar um serviço inédito de previsão da ocorrência de raios. O sistema desenvolvido permite prever a incidência de descargas atmosféricas com 24 horas de antecedência. Todo o professo de pequisa, projeto e execução do serviço foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de físicos, matemáticos, geógrafos, engenheiros e técnicos de computação do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) da instituição.

A previsão da ocorrência de raios funciona a partir de programas de computador que medem dados que indicam o comportamento atmosférico. Assim como já ocorre com a previsão do tempos, os pesquisadores pretendem que as informações do sistema estejam disponíveis para os veículos de comunicação. A previsão é para que isso ocorra no próximo verão.

Para saber onde ocorrerão raios, o sistema compara informações da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas sobre vento, temperatura, umidade e concentração de gelo em diferentes alturas na atmosfera, dentro das nuvens e no solo.

Campeão mundial de raios

Segundo o coordenador do ELAT, Osmar Pinto Júnior, o Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo e, atualmente, acontecem cerca de 120 mortes por ano e há 500 pessoas feridas, ou seja, 620 pessoas são atingidas por ano no Brasil por descargas atmosféricas.

São entre 50 e 60 milhões de descargas por ano, com maior volume no verão”, disse Osmar. Segundo ele, todas as regiões do país têm áreas com alta incidência de raios, como a parte oeste dos estados da Região Sul e a área da Grande São Paulo, no Sudeste, e o estado do Piauí, no Nordeste.

A equipe de desenvolvimento do projeto afirma que a intenção deles é que a divulgação da previsão permita que as pessoas se organizem para evitar acidentes.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Cientistas afirmam ter criado cérebro 99% artificial

Um pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Ohio pode transformar completamente a forma com que as doenças neurológicas são estudadas. Pela primeira vez, cientistas afirmam ter conseguido produzido um cérebro quase inteiro em laboratório.

O cérebro em questão não tem consciência, mas lembra a estrutura de um órgão de um feto de, mais ou menos, cinco semanas. A ideia é usá-lo para estudar o progresso de doenças que podem aparecer no desenvolvimento, além de fazer testes de remédios para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.

O órgão artificial é bem pequeno. Ele tem o tamanho da borracha que fica na ponta de lápis e é feito a partir de células epiteliais adultas. Segundo a equipe responsável, essas células teriam sido convertidas em células pluripotentes, capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido. Assim, elas foram colocadas em um ambiente especial que as estimulou a se tornarem componentes cerebrais. O processo todo demorou 12 semanas.

Até o momento, é o modelo mais complexo e completo do cérebro humano já criado e, de acordo com seus responsáveis, é reproduzindo 99% da diversidade celular. Tentativas anteriores de criar um cérebro artificial conseguiram reproduzir a estrutura de um órgão de um feto de nove semanas com algumas regiões faltando, ou seja,estavam incompletos.

Sobre preocupações éticas, os cientistas asseguram que não há nenhum estímulo sensorial no cérebro. Nesse momento a pesquisa passará por uma revisão para que demais cientistas comprovem que os resultados da equipe de Ohio procedem.

FONTE: theguardian.com